sábado, 1 de junho de 2013

Minhas primeiras experiências com a palavra escrita


Lembro que desde pequenino gostava de ler e escutar música, como era filho único, sempre fui o centro das "atenções" e minhas primeiras experiências em quase tudo foi através de pessoas adultas, fato que influenciou principalmente meu gosto musical, sempre gostei de música de "velho". Quando fui estudar na pré-escola, já sabia ler e escrever. Naquela época era diferente, existia uma preocupação honesta da família na alfabetização do seu filho. Recordo que eu era incentivado naturalmente, como forma de brincadeira, a escrever e depois ler em voz alta para a "apreciação" dos meus avós, não sei como eles aguentavam! Toda a minha fase inicial de estudo até a conclusão da oitava série, foi repleta de muita leitura! Acredito que fazia parte da metodologia de ensino da época, a leitura dos "livrinhos" da coleção vagalume, os quais li quase tudo! Através daquelas histórias de aventura, fui despertado a experimentar e conhecer muitas coisas, as quais posso citar: a rapadura! Posso estar enganado, mas o nome do livro é  "A ilha perdida" onde um garoto levou um pedaço de rapadura em sua aventura. De certa forma marcou positivamente uma parte de minha infância e adolescência  e estimulou meu interesse pela leitura, pois quanto mais lia, mais aprendia sobre coisas novas, lugares e costumes diferentes. O meu melhor presente até hoje foi a Coleção Conhecer, lá aprendi sobre tudo! Foi demais! Quando iniciei o colegial tudo mudou, o ritmo foi outro, mudou a escola, os professores, a metodologia de ensino e os amigos, ficando a leitura para um segundo plano, quase não havia tempo para ela, se cobrava muito conteúdo na escola, não tenho vergonha de dizer, que tive que decorar muita coisa mesmo, senão não passava de ano. E o mesmo foi na faculdade, muito texto "técnico", muito cálculo, excesso de conteúdo, tudo passado à jato, até minha letra teve que mudar, para conseguir escrever em tempo hábil tudo o que se passava. Comecei a trabalhar e a preocupação maior foi com o cálculo, a leitura ficou para os momentos de lazer, dissociada da Matemática. Com o a mudança do currículo minha visão mudou, hoje me vejo preocupado também com as competências leitoras e escritora e percebo que são imprescindíveis no estudo da Matemática. Para que o meu aluno seja capaz de compreender a sua realidade e desenvolver a abstração e contextualização, que envolvam situações novas para problemas já existentes, extrapolando o contexto escolar e fazendo a diferença em sua vida é necessário desenvolver neste aluno competências que são norteadoras da ação educacional:
A Expressão/compreensão - Desenvolvendo no aluno a capacidade de expressão do eu e do outro, do não eu através da utilização de diversas linguagens, o que inclui a leitura de textos, gráficos, tabelas, até a compreensão de fenômenos históricos, sociais e econômicos;
A Argumentação/decisão: Desenvolver no aluno a capacidade de argumentação, de análise e utilização das informações, onde ele seja capaz de criar estratégias e a realizar ações a partir de uma decisão tomada pela sua análise da situação. A ideia de investigação pode desenvolver as potencialidades dos alunos em comunicar ideias matemáticas, no sentido de "fazer matemática na sala de aula";
A Contextualização/abstração: Desenvolver no aluno a capacidade de contextualização dos conteúdos estudados na escola e criar significado em sua vida cotidiana, sobretudo no mundo do trabalho. (Currículo do Estado de São Paulo).
Como se alcançar tais competências senão pelo incentivo e estimulo do nosso aluno pelo gosto pela leitura e escrita?
Para concluir meus pensamentos vou fazer uso ideias do Professor Nilson José Machado, sugerido neste módulo:

 
Vida do Professor: Três fases

Tão logo começa a lecionar, o professor vive a primeira fase de sua carreira: ele ensina o que não sabe. Não sabe ainda, porque está acabando de aprender. Todas as aulas são cuidadosamente preparadas. Cada exercício é visto e revisto. As possíveis dúvidas dos alunos são prefiguradas. Passado algum tempo, inicia-se a segunda fase: o professor passa a ensinar o que sabe. É uma fase extremamente perigosa, em que se corre o risco da estagnação. Como ensina o que sabe, o professor se afasta do que não sabe, e aí mora o perigo: quem não mais aprende coisas novas perde a capacidade de entender as dificuldades de quem aprende, esvaindo-se a capacidade de ensinar. A maturidade profissional conduz o professor à terceira fase, em que ele é capaz de concentrar-se nos alunos, e de ensinar aquilo que considera que eles precisam aprender. Se determinada classe precisa de certos conteúdos que o professor não domina, ele os estuda e conduz os alunos ao aprendizado dos mesmos. Afinal, ensinar é doar-se.

Espero que todos nós possamos em breve nos encontrar na terceira fase!

 André


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Adquiri o hábito de ler por influência de minhas professoras do primário. Através da indicação de títulos conhecidos pude descobrir um mundo novo, onde tudo é possível e me sentia personagem das histórias  lidas. Lia tudo o que via pela frente pois,  sempre fui muito curiosa. Ler para mim era uma deliciosa diversão. Na adolescência tive contatos com livros voltados para aquela fase da minha vida. Adorava ler romances e após a leitura sonhava com as personagens como se elas fossem reais. Todos começavam da mesma forma e acabavam sempre iguais. Após idas e vindas a mocinha apaixonada ficava com seu príncipe encantado. E que, em todas as histórias eram lindos, tinham lindos olhos e sorrisos estonteantes. Quando adquiri minha maturidade conheci novas leituras: mistérios e espiritismo. De escritores interessantes como Agatha Christie e Zibia  Gasparetto respectivamente. Pude perceber que "existem mais coisas entre o céu e a terra do que julga nossa vã filosofia" como dizia William Shakespeare. É uma leitura que exige conhecimento de vida e de comportamento humano. Ela nos faz refletir sobre todos os mistérios que nos cercam durante nossa vida. A leitura tem a capacidade de nos fazer viajar por lugares inimagináveis.... Através dela podemos ouvir sons e sentir cheiros presentes nas histórias narradas,.. Passamos a fazer parte delas.
Aparecida Souza
 
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3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. É verdade, ás vezes o professor acha que estar fazendo curso é besteira e que não ajuda em nada, sem saber que conhecimento não é demais e ninguém sabe tudo, estamos constantemente aprendendo em nossa vida.

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  3. Faz parte da nossa profissão!!
    É nosso "dever" estar sempre atualizado, para que possamos oferecer o melhor para os nossos alunos.

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